Há alguns dias o meu professor de português pediu como tarefa de casa, uma redação sobre preconceito com o negro, foi aí que pensei nesse tema, Ditadura da beleza no mundo da moda, que é a magreza extrema das modelos do meio fashion. É um tipo de preconceito exercido pelas agências de modelos, mercado nacional e internacional, que está aparecendo cada dia mais e gerando muita polêmica. São tantas as críticas negativas a respeito do assunto que as empresas do ramo já não sabem mais se defender. Pensando nisso resolvi falar sobre esse tema polêmico que pode ser abolido para o bem da nossa sociedade, não só no Brasil como no mundo inteiro.
A cada dia que passa a magreza das modelos nas passarelas se torna mais evidente, chega a ser desagradável olhar as pernas e os braços que parecem gravetos e varetas, essa é uma das únicas coisas que me incomodam no mundo da moda. Qual é o objetivo das marcas em colocar figuras tão desnutridas (pelo menos aparentemente) nas passarelas? Contrastear os looks? Servir nos tamanhos ''guias'' como as numerações de 34 a 38? Respondendo a primeira pergunta com uma outra pergunta: Como dar contraste a uma peça de roupa com um ''cabide'' a vestindo? Como brasileira sei que na visão de muitos, chama mais atenção modelos saudáveis, com expressão, espontâneas vestindo roupas a modelos desnutridas e pálidas. Ao invés de olharmos para a roupa nos preocupamos em reparar nos ossos. Se o mercado tem intuito de ter sucesso nas vendas, além da roupa tem que dar alegria e bem estar a quem a veste. O mercado internacional que tem o maior índice de modelos com doenças devidas a magreza, a obsessão a manequim 34/36, deveria ficar mais atento. Considero Doutzen Kroes uma das modelos mais incríveis, convive muito bem com as críticas recebidas do público como ''Que mulher gorda, o que ela está fazendo na passarela?''. Doutzen é considerada gorda comparada a outras top models, a segurança e o glamour que ela me passa quando desfila são inacreditáveis, espero que daqui um tempo seja cada vez mais comum mulheres como ela.
É muito triste ver o sonho de milhares de meninas bonitas ser destruído, algumas desistem por não terem os arquétipos do mundo da moda, outras adoecem infligindo torturas para chegarem aos ideais das passarelas, e na maioria das vezes não conseguem chegar onde desejam. As gordinhas sofrem mais preconceito com seus quilinhos a mais, porém estão conseguindo entrar no mundo da moda, tenho uma grande admiração pelo sorriso delas nas passarelas. Meninas não estraguem-se para entrar nesse mundo, daqui um tempo os ideias vão mudar completamente, a prova é a entrada das modelos do tamanho GG nas fashion weeks, vocês terão espaço pela beleza própria e corpos variados.Meninas que rebaixam o próprio corpo, submetidas a pressões psicológicas para ter manequim 34, devem mostrar a beleza verdadeira, a beleza nutrida, o rosto exótico de olhos verdes e puxados, o sorriso espontâneo e pararem de emagrecer cada vez mais para entrarem nos ideais de cabides.
Vou finalizar esse texto com dois trechos que dizem muito sobre o assunto e são um ótimo encerramento para o post .
''Para a moda como um todo, que vive do sonho de embelezar a existência, a forma como os agentes e os estilistas lidam com essas moças é não apenas cruel, mas uma blasfêmia. Eles, de fato, não estão afirmando a grandeza da vida, mas propagando a fraqueza e a moléstia.'' - Alcino Leite (editor de moda) e Vivian Whiteman para folha de São Paulo 20/01/2010
''É hora de parar com essas mistificações da moda, que pregam futuros ecológicos, convivências fraternais de fantasias de glamour, enquanto exibe nas passarelas verdadeiros flagelos humanos.''- Alcino Leite (editor de moda) e Vivian Whiteman para folha de São Paulo 20/01/2010
Espero que tenham gostado e refletido! Beijos Gabi!
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